A fotografia é uma grande metáfora. A câmera é uma metáfora do olho humano. Os procedimentos técnicos mais utilizados na câmera fazem parte de aplicativos já existentes desde que a humanidade é humanidade. Os aplicativos estão disponíveis no seu olhar e no seu pensar. É a mesma trajetória da imaginação humana quando, ao observar o pássaro, pensava em voar e imaginava o avião.
A fotografia é a metáfora do olhar, do que vemos, maravilhados, diante do universo iluminado. O olhar pulsa, aproxima e distancia, faz enquadramentos, escolhe o recorte do que o interessa. O zoom é o movimento de aproximação e distanciamento que a lente imita. O olho humano faz suas escolhas. Se há algo que nos tocaem uma cena, primeiramente o olho e o pensamento tomam decisões, fazem a escolha, o recorte, por aquele ponto particular. Depois chegamos, pé ante pé, até o assunto escolhido.
O olhar pulsa, cria intuitivamente seus enquadramentos. Quando entramos em um espaço o olhar é ativado. Fazemos recortes sobre o que nos afeta, sobre o que nos chama atenção. Entramos em um restaurante, fazemos uma busca do que interessa: os frequentadores, as mesas, uma mesa específica, uma moça em especial, sentada de pernas cruzadas, o vestido vermelho, o cálice de vinho tinto.
O diafragma da lente também é metáfora: a abertura para controlar a entrada de luz que vai sensibilizar a película e o chip da câmera. Da mesma forma, em ambiente escuro, a pupila expande, aumenta. Em uma sala sem luz, ajustamos o olho com a abertura da pupila, com luz suficiente para nos situarmos no espaço e não dar topada no pé da cama. Em situação inversa, em uma sala escura quando acende repentinamentea luz, o olho “se assusta” e se ajusta, e a pupila contrai.
A fotografia é uma metáfora para qualquer pessoa se debruçar, conversar, interpretar e compartilhar sobre o que ela vê, como ela vê e porque ela vê, seja o assunto que for. No nosso caso, a infância.
O foco é um ajuste para dar maior nitidez ao objeto fotografado. Este recurso é ajustado através da objetiva, girando o anel de focalização da câmera até obter a nitidez desejada das imagens. A câmera possui o foco automático que calcula a distância do foco, porém, como todo recurso automático, ele pode acabar fazendo o foco em um outro local, isto porque se baseia na quantidade de luz que incide no objeto da foto. Para achar o foco no celular temos dois caminhos: autofoco e foco por toque. O autofoco é um recurso usado automaticamente pela câmera, e o objeto será focalizado sem intervenção do fotógrafo. O foco por toque, como sugere o nome, é quando o próprio fotógrafo escolhe onde quer focalizar, tocando na tela. Isso permite que ele escolha sobre qual objeto dar o foco e “personalizar” a foto.
Quando lemos a palavra foco pensamos numa função técnica e bastante sensível à fotografia. Qualquer fotógrafo, amador ou profissional, tem como primeira atitude frente ao visor garantir uma foto nítida e dar importância ao objeto focalizado. Quando falamos em achar o foco para a imagem não ficar distorcida, embaçada, sem definição, também podemos levar a palavra a outros lugares. Pensar foco em outro sentido, como metáfora para a documentação pedagógica.
Ter foco, nesse sentido, é ter objetivo claro, um propósito. Da mesma forma que tomamos a iniciativa de ver se há uma imagem visivelmente nítida no visor, a observação e registro com a criança parte de uma intencionalidade: aquilo que vou observar da proposta da criança que está nos “convidando”a observar.
Seguindo na mesma linha, emprestimos do universo fotográfico, posso dizer que é preciso ter visão, se antecipar aos fatos. A princípio, se você tem uma intenção, uma visão – uma ideia do que você pretende -, você terá uma narrativa ao final. E, consequentemente, se você tem uma narrativa, você terá uma história para contar. O que nos faz falta é discernimento -objetividade, leituras e mais leituras prévias sobre a infância -, hoje controlado pela dispersão, pressa, pressão e distração. E modismos pedagógicos.
“Começar pelo começo”, parece ridículo dizer isso, mas nos falta paciência, estudo e concentração para começar pelo começo, ou começar pela intencionalidade, pelo foco. Por que fotografar? Por que, para que, para quem fazer uma documentação? A câmera, seja ela celular ou máquina profissional, é uma câmera escura que te pode oferecer “de graça” essa concentração e silêncio, e te posicionar melhor, com mais foco, diante dos fatos a sua frente. É você e sua intencionalidade – o que você vê, sente e pensa – sobre um determinado ponto de observação. E enxergar com foco a infância a sua frente.
O zoom é um movimento aparente de aproximação (zoom in) ou de afastamento (zoom out) em relação ao que é fotografado, provocado pela manipulação interna das lentes da câmera, sem que o fotógrafo ou a câmera em si executem qualquer deslocamento de aproximação ou distanciamento. O zoom eletrônico do celular, por não ser um zoom óptico tem seus limites. Ao fazer a foto de um objeto distante e der zoom ao máximo chegará um momento que aparecerão os pixels. Quanto maior a quantidade de megapixels (um milhão de pixels) presentes em uma fotogafia de celular, maior será a sua resolução e, consequentemente, o tamanho do arquivo da imagem. Portanto, ao adquirir um celular novo, pensando em fazer boas fotos, pense em pixels (a menor unidade que forma a imagem digital).
No Ateliê de Fotografia para Documentação Pedagógica, quando realizamos um exercício de exploração fotográfica em locais fora da escola -parque, praça, feira livre, mercado -, costumo pedir que a educadora se relacione de igual para igual com o objeto ou pessoa fotografada. Para que a foto aconteça, é preciso que se entregue a uma relação direta. A fotografia é um jogo de diálogos entre fotógrafo e fotografado.
Quando termina o passeio fotográfico, tenho impressão que minha voz insistente falando “zero zoom, zero zoom” ficará ecoando por um bom tempo na cabeça das pessoas. Esquecer o zoom do celular e viver o zero zoom tem sentido metafórico. Não é implicância, é a possibilidade de estar em relação direta com o real. É a observação ativa. Mais que isso, uma observação participativa. Toda foto é feita – um pouco mais, um pouco menos – a partir de uma conversa silenciosa entre pessoas, mediada pela câmera.
Robert Kapa, fotógrafo e correspondente de guerra, diz exatamente isso: “se uma foto não está suficiente boa, é porque você não se aproximou o suficiente do fato”. Essa frase tem força de significado, principalmente para quem esteve nas trincheiras da 2ª Guerra Mundial. É forte em significados também para quem está em relação direta com a infância.
Quando Kapa faz a crítica ao fotógrafo iniciante ao se referir a uma foto “não suficiente boa”, não se trata de uma imagem esteticamente bela, mas de uma imagem vazia por não trazer força para dar sentido à história retratada na imagem. Traz à tona o questionamento sobre o que vem a ser uma “foto boa”. A questão não é de âmbito estético, mas de densidade, de pertinência, de narrativa.
Na continuação da frase, “você não se aproximou o suficiente do fato”, podemos dirigir essa outra crítica tanto à fotógrafa quanto à educadora. A “aproximação do fato” nos permite fazer duas leituras. Uma é a ideia da aproximação no sentido de chegar perto, de ir ao encontro, de estar em relação, de se comprometer com o que se vê. A outra ideia é a da aproximação de se ter ciência, de se ter conhecimento prévio sobre o assunto que está sendo fotografado. Enfim, o convite feito por Robert Kapa é para não ficar numa posição distante, e não fotografar com postura de turista, de não ter nada a ver com aquilo.
Tecnicamente, o zoom do celular e do iPad é falso. É um zoom eletrônico, não um zoom operado pelo conjunto de lentes da câmera. Isso gera problema de nitidez na hora da edição e tratamento da imagem. Se você usa, inadvertidamente, a função zoom quando faz a foto e, depois, na hora de editar, escolhe apenas uma parte dela, o resultado será uma imagem reticulada, com os pixels expostos. Outra vez (como na função foco) a imagem ficará distorcida, embaçada, sem definição.
Pensar em se aproximar, chegar perto da pessoa ou da cena a ser fotografada se encaixa e combina com a atitude de aproximação da educadora para a observação e o registro do universo da infância. Essa aproximação, inclusive, acontece muito antes de fazer a foto. A fotografia vem depois. É um tempo anterior à fotografia, para fazer a “escuta” das propostas das crianças e estar mais afinada com a participação delas em todos os tempos, espaços e rituais dos processos de aprendizagem.
Mais que isso, no movimento de aproximação, de chegar perto, de estar junto, a criança sai daquela posição de 3ª pessoa (ela). Então, de uma relação eu/isso que a professora/fotógrafa pode acabar impondo à criança, pelo distanciamento fotográfico, por um posicionamento distante, apenas como receptora e cumpridora de atividades programadas e prontas, ela passaria a uma outra posição: de prestar atenção, de estar junto, de enxergar a criança na 2ª pessoa (tu).
Quando a educadora se aproxima e convida ao diálogo fotográfico, muda a postura fotográfica e pedagógica. Na relação eu/tu, a criança é vista e se vê, pode ser ouvida e se ouve, tem papel copartícipe do processo de aprendizagem. E a professora/fotógrafa está em cena, não distante, mas junto. Não é uma fotografia de paisagem, de passagem, de turista. É uma fotografia de estar e fazer junto. É uma fotografia feita a partir do diálogo silencioso e participativo.
O plano (recorte, seu outro nome) é a unidade básica cinematográfica, um modo de organizar a gramática das artes visuais sequenciais. Assim como a palavra é a unidade mínima do texto, o plano é a unidade mínima do cinema e da fotografia. Críticos e ensaistas dizem que “se a literatura se escreve com palavras, o cinema escreve-se com planos”. Eles afirmam que o plano é o recorte da imagem, a redução do campo de visão que o “olho da câmera” (a lente da câmera) vê, de acordo com aquilo que se quer mostrar. A fim de facilitar a compreensão dos planos, ou recortes, eles foram divididos em três grandes grupos: planos descritivos (de localização, onde se passa a ação); planos narrativos (de relação e diálogo entre as pessoas); e planos expressivos (com força nos sentimentos e detalhes). Esses grupos de recorte referem-se ao posicionamento do indivíduo filmado ou fotografado em relação à câmera.
Os princípios norteadores do Ateliê de Fotografia para Documentação Pedagógica se apoiam sobre duas hipóteses potentes. Uma delas é considerar as fases do ato fotográfico como metáfora para as escolhas da educadora na observação e registro dentro dos espaços e tempos da criança. A outra hipótese é trazer à tona o tempo das curiosidades, e fazer um paralelo entre curiosidades, para dimensionar umapossível combinação entre acuriosidade da professora e as curiosidades e imagens poéticas da infância.
Considero o recorte que se faz com a câmera como metáfora do olhar da professora para valorizar e legitimar seu papel como autora. O que vejo? Como vejo a infância? Que recorte faço do real a minha frente? Quais são as marcas da infância que escolho? Que imagens contam melhor as histórias e formam a memória da vida da criança nos espaços e tempos da escola? Como anda minha curiosidade?
Existe uma dinâmica própria e pessoal de cada educadora, algo intransferível, no modo com que se faz o recorte do real, daquilo que se escolhe como objeto do enquadramento, e descarta o resto – no caso, o resto do real que está no seu campo de visão. Não esqueçamos que a fotografia é uma linguagem que se expressa pela síntese. No campo da educação, a documentação pedagógica é a síntese da educadora. Ao fazer o recorte, ao fazer escolhas por tais e tais fotos evidenciamos o foco da nossa atenção. O que não cabe na foto são alguns outros focos e elementos do nosso campo de visão que ficarão de fora.
Como educadores que somos, temos um vício de ofício, generalizando um pouco. Sempre queremos colocar em uma folha de papel muitos conteúdos. Da mesma forma, com uma imagem só queremos contar tudo o que acontece com a turma toda, durante uma atividade inteira na sala de aula. A atenção e o olhar não dão conta de se estenderem para cada fato presente no campo visual. Há o limite de decisão para quem escolhe a cena. E há o limite de aceitação visual para quem assiste a documentação.
O movimento rápido do real, daquilo que acontece quando se está frente a um grupo de crianças, nos assombra frente à câmera e abre espaço para milhões de possibilidades de imagense de composições. A realidade, nessas horas, abre um espaço enorme para o acaso. A habilidade da professora/fotógrafa nunca conseguirá retirar do campo do aleatório tudo que lhe interessa. Então, faça escolhas.
Sugestão, não relute. Faça bem suas escolhas. Mas, antes de tudo, antes que o aleatório se sobreponha às suas escolhas – no plano, no enquadramento, no recorte do que você quer mostrar -, é necessário considerar que você está consciente, fazendo uso das fases anteriores à execução da foto, quando decide por intencionalidades e propósitos daquela documentação. E consciente também, das fases posteriores, quando fará a seleção e interpretação das imagens para contar uma boa história.
O momento de execução da foto, de apertar o botão, é um tempo intuitivo, impensado. É uma fração de um segundo do jogo fotográfico entre fotógrafo e fotografado (professora e criança), onde estão alialinhados o acaso, a intencionalidade, a leveza da educadora: a espera de um acaso é mais que só um jogo de palavras (talve título para um próximo artigo), faz todo sentido na hora de apertar o botão.
Consciente de que o ato fotográfico depende de um universo de possibilidades que está a sua frente em constante movimento, a professora/fotógrafa aceita entrar no jogo fotográfico. Qual é esse jogo? Tentar reconhecer dentro da situação de aprendizagem o que lhe interessa, o que faz sentido fazer o recorte.
Ao mesmo tempo, a mente tem aquela intencionalidade formada anteriormente e está em branco, livre para capturar e ser capturada pelas ações e descobertas das crianças. É um estado sensorial bem ativo – mental, emocional, físico -, é um estado sensorial receptivo e participativo, pronto para, a qualquer momento, fazer as fotos. Como se dentro de nós uma voz falasse “eu sei que há algo ali a ser observado, mas também sei que há algo ali que vai me surpreender”.
Tanto a fotografia quanto a educação, e no caso mais específico a documentação pedagógica, não são acidentes, mas conceitos em pleno movimento, a espera de um recorte.
O desafio maior no ato da escrita é construir um texto com comunicabilidade, criatividade, escolha de palavras e elaboração da mensagem desejada. Estas habilidades não são só tarefa do escritor ou do jornalista e sim de qualquer indivíduo que queira se expressar por meio de palavras. A revisão é uma etapa obrigatória e a reescrita é uma das fases importante para a produção do texto. Ele não fica pronto na 1ªversão. Essa consciência, de que a escrita é um processo constante, é um hábito a ser praticado, mas que pede tempo, atenção e releituras permanentes. E se possível, ter um leitor “confidente”, aquele que irá tecer críticas construtivas em leituras prévias.
O acúmulo de fotografias de uma mesma cena é um recurso do processo de criação fotográfica que corresponde à possibilidade de realizar ensaios e experimentações. Ficou muito mais fácil depois do advento do digital. É de graça, não é preciso economizar as 24 poses do filme Kodak. O fotógrafo tenta, testa, faz várias imagens, assim como os esboços do desenhista, as cenas ensaiadas tantas vezes pelo ator, ou ainda as ideias rabiscadas pelo escritor no caderninho de bolso. Nada acontece de mágico na documentação se não houver várias versões até se chegar à versão definitiva.
Fazer a escrita e reescrita das imagens de um mesmo assunto ou ação, é a busca por uma documentação construída e inteligente. O acaso não surge aleatoriamente. Ele é resultante de intenções e ações prévias. Fala-se em sorte, mas não. A sorte existe para quem persiste, insiste, estuda e decide por aquilo que está sendo fotografado. Faz-se muito mais fotos, mas com mais intencionalidade, mais aproximação do assunto e olhar decisivo da educadora. A consciência fotográfica ajuda e funciona, porque incorporamos aos procedimentos da documentação o foco, o zero zoom,o recorte.
Durante o Ateliê de Fotografia, insisto muito para a professora/fotógrafa “gastar a cena”. Você tem a sua frente uma situação entre crianças e crianças, entre a sua proposta e a proposta delas, um momento no qual vale sacar o celular e fazer imagens para a futura documentação. Daí, você faz uma foto. Uma foto!? Uma foto é o mesmo que nenhuma. O que a gente faz com uma foto? Gaste a cena, experimente a mesma situação em vários ângulos e pontos de visão. Experimente a escrita e reescrita ali mesmo. Insista no seu olhar até se satisfazer com uma imagem mais próxima do seu desejo. Depois, ao construir a documentação, você terá opções de escolha. Com uma foto apenas, você terá uma opção só. É perigoso.
Pense agora no celular como caderninho de bolso para “fazer anotações e rabiscar” ações imprevistas e inusitadas das crianças. Isso também pode ser um caminho para algo que não está planejado, que não foi previsto na sua intencionalidade. A galeria do smartphone tem espaço livre. Depois te convida a ver, com calma, tudo que foi fotografado. Em casa, você pode fazer o descarte (o traumático “desapego”) do que é refugo, para enfim passar as imagens escolhidas por seleção e tratamento afinados.
No processo de seleção há sempre a ideia de abandono. Diante de cada imagem importante, lembre-se de que talvez outra, mais importante ainda, tenha mais sentido. Ótimo, você tem uma quantidade boa de fotos, já que lembrou de “gastar a cena”, e tem várias opções de escolha. Durante o processo de criação, antes depensar na documentação idealizada, pronta e acabada, deve-se estudar no conjunto de imagens“repetidas” quais são as “boas”, aquelas que contam melhor a história que você quer contar.
O ato de “folhear” a galeria reativa uma conversa de você com você, com o seu olhar. Daquilo que você viu ao fotografar com aquilo que você está vendo e revendo e interpretando ao selecionar. Como em uma escrita e reescrita, como nos rascunhos no sketchbook de um desenhista.
Sketchbook (caderno de rascunhos) é um caderno para sketches (rascunhos). Serve para rabiscar qualquer coisa: de idéias que vem a sua mente durante o café da manhã, no trânsito parado, antes de dormir. Não segue muito uma lógica: há desenhos ou textos diversos, sem separação por categoria e em desordem caótica que só o próprio autor entende.
A atitude frente ao caderno, e também ao celular, é de rascunhar idéias nascendo. As idéias são fugidias, ariscas, escapam, podem facilmente desaparecer. Quantas vezes você tem uma idéia para anotar mais tarde e no fim do dia esquece o que era? Ambos, caderno e celular, funcionam como memória expandida. Às vezes, escrevemos uma frase que a criança nos deu “de bandeja”, ou fazemos uma foto isolada. Quando a memória falha é lá no caderno e na galeria de fotos que encontraremos o ouro puro.
A British Library fez a digitalização completa de um dos cadernos do Leonardo da Vinci, o Codex Arundel. Qualquer pessoa pode visualizar e explorar. São 570 imagens em alta resolução com diagramas, desenhos e textos, cobrindo ciência, arte e notas pessoais. São anotações que Da Vinci descreve como “uma coleção sem ordem, tirada de muitos papéis que copiei na esperança de organizá-los mais tarde de acordo com os assuntos que eles tratam”. É o máximo em rabiscos e anotações, hoje um legado para toda humanidade.